Missa pré-tridentina
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Missa pré-tridentina é uma referência a uma das variantes do rito litúrgico da missa que existia em Roma antes de 1570, quando, com sua bula "Quo primum", o papa Pio V tornou o Missal Romano, revisado[1] por ele próprio, obrigatório em toda a Igreja Latina, com exceção dos locais e congregações que pudessem demonstrar o uso de ritos distintos por 200 anos ou mais.
Esta revisão papal incluía a introdução das "orações ao pé do altar" e a adição de tudo que aparece depois da "Ite missa est" atendendo a uma ordem do Concílio de Trento (1545-63) apresentada por seu predecessor na sessão de encerramento dos trabalhos.[2]
Fora de Roma, no período antes de 1570, muitos outros ritos litúrgicos eram utilizados, não apenas no cristianismo oriental, mas também no ocidente. Alguns dos ritos ocidentais, como o rito moçárabe, não tinham relação com o rito romano que Pio V revisou e ordenou que fosse aceito. Mas mesmo em áreas onde num momento ou outro se aceitou o rito romano, logo se introduziram mudanças e adições. Como resultado, cada província eclesiástica e quase toda diocese tinham seu uso local, como o "Uso Sarum", o "Uso York" e o "Uso Hereford" na Inglaterra. Na França, perduravam ainda fortes traços do Rito galicano. Com exceção de uns poucos lugares onde o rito romano jamais havia sido introduzido, o Cânon da Missa permaneceu relativamente uniforme, mas as orações no "Ordo Missae" e, em número ainda maior, do "Proprium Sanctorum" e do "Proprium de Tempore" variavam muito.[3]
Por isto, este artigo considera apenas a liturgia da missa como celebrada em Roma.