Batalha de Sifim
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A Batalha de Sifim (em árabe: يوم صفين; romaniz.: Yawm Ṣiffīn; lit. 'o dia de Sifim') foi travada entre o exército do quarto califa ortodoxo Ali (r. 656–661) liderado por Maleque ibne Alharite e as forças sírias de Moáuia comandadas por Anre ibne Alas. A batalha ocorreu na aldeia de Sifim, na Síria, às margens do Eufrates, em julho de 657.
Batalha de Sifim | |||
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A Batalha de Sifim como retratado no manuscrito do século XIV do Tarikh-i Bal'ami | |||
Data | 26–28 de julho de 657 | ||
Local | Sifim, Bilade Xame (atual Síria) | ||
Desfecho | Arbitração inconclusiva | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Depois que o terceiro califa Otomão (r. 644–656) foi assassinado em junho de 656, Ali foi eleito califa em Medina. Sua eleição foi contestada pela maioria dos coraixitas liderados pelos companheiros de Maomé Talha ibne Ubaide Alá e Zubair ibne Alauame e a viúva de Maomé Aixa. Depois que Ali derrotou os rebeldes na Batalha do Camelo em dezembro de 656, voltou sua atenção para Moáuia, o governador da Síria. Este se recusou a reconhecer o governo de Ali e declarou guerra ao califa para vingar a morte de seu parente omíada Otomão. Moáuia formou uma aliança com Anre ibne Alas, o ex-governador do Egito, contra Ali. Na primeira semana de junho de 657, ambas as partes se envolveram em dias de escaramuças interrompidas por uma trégua de um mês em 19 de junho.
A principal batalha entre os dois exércitos começou em 26 de julho e durou dois dias. Moáuia inicialmente tinha a vantagem, mas a balança mudou a favor de Ali. Depois de chances esmagadoras de derrota, os sírios pediram arbitragem para resolver o conflito. Os representantes de Moáuia e Ali, Anre e Abu Muça Alaxari, respectivamente, concordaram com os termos da arbitragem, que terminou inconclusivamente em abril de 658. Após a batalha, um grupo de apoiadores de Ali, os carijitas, desertou do califa considerando a arbitragem não-islâmica.