Guerra da Independência do Brasil
conflito armado pela independência do Brasil do Império Português, ocorrida de 1823 a 1825 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A Guerra da Independência do Brasil foi uma série de eventos militares terrestres e navais ocorridos no território brasileiro entre 1821 a 1824, no contexto do processo de Independência do Brasil.[2] Formalmente encerrada em 1825, quando a independência foi formalmente reconhecida por Portugal e pelo Reino Unido, por meio da assinatura do Tratado de Amizade e Aliança firmado entre Brasil e Portugal.[3] A Guerra da Independência pode ser considerada uma guerra civil Luso-Brasileira, já que Portugueses e Brasileiros combateram em ambos os lados.[4][5]
Guerra da Independência do Brasil | |||
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Sentido horário, de cima para a esquerda: As Cortes Portuguesas; Tropas Portuguesas no Brasil; Pedro I a bordo da fragata União; Pedro I declara a independência do Brasil; Pedro I sendo coroado Imperador do Brasil. | |||
Data | 29 de agosto de 1821 – 8 de março de 1824 Paz firmada em 29 de agosto de 1825 | ||
Local | Bahia, Cisplatina, Piauí, Rio de Janeiro, Maranhão, Grão-Pará, Pernambuco e Oceano Atlântico | ||
Desfecho | Vitória brasileira e unidade territorial do Império definida | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
Forças | |||
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O que começou com a expulsão dos exércitos portugueses de Pernambuco em 1821 se transformou, após a proclamação da independência do Brasil, a 7 de setembro de 1822, em lutas mais encarniçadas nas regiões onde, por razões estratégicas, se registrava maior concentração de tropas portuguesas, a saber, nas então províncias Cisplatina, da Bahia, do Piauí, do Maranhão e do Grão-Pará.[6][7][8][9] Recorde-se que a maior parte da oficialidade das tropas brasileiras era de origem portuguesa.[10][11]
Desse modo, o recém-formado governo brasileiro (não reconhecido pelo governo português, que ainda considerava o Brasil parte integrante do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e que via os líderes brasileiros como rebeldes separatistas que haviam traído o Império Português), por meio de seu Ministro José Bonifácio de Andrada e Silva, adotou as providências para eliminar a resistência portuguesa. Para esse fim providenciou a compra e a fabricação de armas e navios, o recrutamento de tropas nacionais e o contrato de estrangeiros (mercenários), bem como medidas repressivas como o confisco de bens e a expulsão daqueles que não aceitassem a emancipação política do Brasil. No plano econômico, proibiu-se o comércio, e, no diplomático, autorizou-se a guerra de corso, contra Portugal.[11][12]
O número de combatentes na guerra de independência brasileira foi maior do que o número de combatentes nas batalhas ocorridas nas guerras de libertação da América Espanhola, da mesma época.[13] Apesar disto, não há estatísticas confiáveis em relação à precisão do número de mortes em combate. A soma das oficialmente confirmadas com as inferidas pelas informações sobre os confrontos ocorridos (porém sem registros oficiais da época), dão a estimativa que a guerra de independência brasileira tenha custado entre 2 000 e 3 000 mortos.[14]