HMS Agincourt (1913)
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O HMS Agincourt foi um navio couraçado operado pela Marinha Real Britânica. Sua construção teve início em setembro de 1911, nos estaleiros da Armstrong Whitworth, em Newcastle upon Tyne, sendo lançado ao mar em janeiro de 1913. Era armado com uma bateria principal composta por catorze canhões de 305 milímetros, montados em sete torres de artilharia duplas, o maior número de armas e torres já instalado em qualquer couraçado na história. Com deslocamento superior a trinta mil toneladas, tinha velocidade máxima de 22 nós (41 quilômetros por hora).
HMS Agincourt | |
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Brasil | |
Nome | Rio de Janeiro |
Operador | Marinha do Brasil |
Fabricante | Armstrong Whitworth |
Custo | US$ 14,5 milhões |
Homônimo | Rio de Janeiro |
Batimento de quilha | 14 de setembro de 1911 |
Lançamento | 22 de janeiro de 1913 |
Número do casco | 792 |
Destino | Vendido para o Império Otomano |
Império Otomano | |
Nome | Sultân Osmân-ı Evvel |
Operador | Marinha Otomana |
Homônimo | Osmã I |
Aquisição | 28 de dezembro de 1913 |
Destino | Tomado pelo Reino Unido |
Reino Unido | |
Nome | HMS Agincourt |
Operador | Marinha Real Britânica |
Homônimo | Batalha de Azincourt |
Aquisição | agosto de 1914 |
Comissionamento | 7 de agosto de 1914 |
Descomissionamento | abril de 1921 |
Estado | Desmontado |
Características gerais | |
Tipo de navio | Couraçado |
Deslocamento | 31 355 t |
Maquinário | 4 turbinas a vapor 22 caldeiras |
Comprimento | 204,7 m |
Boca | 27,1 m |
Calado | 9,1 m |
Propulsão | 4 hélices triplas |
- | 34 000 cv (25 000 kW) |
Velocidade | 22 nós (41 km/h) |
Autonomia | 7 000 milhas náuticas a 10 nós (13 000 km a 19 km/h) |
Armamento | 14 canhões de 305 mm 20 canhões de 152 mm 10 canhões de 76 mm 3 tubos de torpedo de 533 mm |
Blindagem | Cinturão: 229 mm Convés: 25 a 64 mm Barbetas: 51 a 229 mm Torres de artilharia: 203 a 305 mm Torre de comando: 305 mm Anteparas: 64 a 152 mm |
Tripulação | 1 268 |
Foi originalmente encomendado pelo Brasil em 1911, com o nome de Rio de Janeiro, iniciando uma corrida armamentista naval da América do Sul. Porém, com o colapso do ciclo da borracha e a melhora nas relações com a Argentina, o Brasil decidiu vender a embarcação para o Império Otomano, em dezembro de 1913. Foi renomeado como Sultân Osmân-ı Evvel e estava quase completo quando a Primeira Guerra Mundial eclodiu, em julho de 1914. O governo do Reino Unido tomou o couraçado para uso da Marinha Real, o que criou ressentimento nos otomanos, já que o pagamento pelo navio tinha sido finalizado, fato que contribuiu na decisão do Império Otomano em juntar-se aos Impérios Centrais.
A embarcação foi completada e renomeada para HMS Agincourt, sendo comissionada na frota britânica em agosto de 1914, passando a integrar a Grande Frota no Mar do Norte. Passou a maior parte de seu serviço de guerra em missões de patrulha e exercícios de treinamento, porém em meados de 1916 participou da Batalha da Jutlândia, contra os alemães. O navio foi colocado na reserva em março de 1919, depois do fim da guerra, com o governo britânico tentando sem sucesso vendê-lo de volta para o Brasil. O Agincourt acabou vendido para desmontagem em dezembro de 1922, a fim cumprir as limitações do Tratado Naval de Washington, sendo desmantelado em 1924.