Impacto ambiental da indústria do carvão
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O impacto ambiental da indústria do carvão inclui questões como o uso do solo, a gestão de resíduos, poluição da água e do ar que são causadas pela mineração, processamento e uso de seus produtos. Além da poluição atmosférica, a queima de carvão produz centenas de milhões de toneladas de resíduos sólidos anualmente, incluindo cinzas volantes,[1] cinzas residuais e lodo de dessulfuração de gases de combustão, que contêm mercúrio, urânio, tório, arsênico e outros metais pesados. O carvão é o maior contribuinte para o aumento de dióxido de carbono causado pelo homem na atmosfera da Terra.
Existem graves efeitos à saúde causados pela queima de carvão.[2][3] De acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde de 2008, estima-se que a poluição por partículas de carvão encurte aproximadamente 10 000 vidas anualmente em todo o mundo.[4] Um estudo de 2004 solicitado por grupos ambientalistas, mas contestado pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, concluiu que a queima de carvão custa 24 000 vidas por ano nos Estados Unidos.[5] Mais recentemente, um estudo acadêmico estimou que as mortes prematuras por poluição do ar relacionada ao carvão foram de cerca de 52 000.[6] Quando comparada à eletricidade produzida a partir de gás natural via fraturamento hidráulico, a eletricidade produzida a partir de carvão é 10 a 100 vezes mais tóxica, em grande parte devido à quantidade de material particulado emitido durante a combustão.[7] Quando o carvão é comparado à geração solar fotovoltaica, esta última poderia salvar 51 999 vidas americanas por ano se a energia solar substituísse a geração de energia baseada em carvão nos Estados Unidos.[8][9] Devido ao declínio de empregos relacionados à mineração de carvão, um estudo descobriu que aproximadamente um americano sofre uma morte prematura por poluição por carvão para cada emprego restante na mineração de carvão.[10]
Além disso, a lista de desastres históricos de mineração de carvão é longa, embora as mortes relacionadas ao trabalho com carvão tenham diminuído substancialmente com a promulgação de medidas de segurança e a com a mineração subterrânea cedendo parte do mercado à mineração na superfície. Os perigos da mineração subterrânea incluem asfixia, envenenamento por gás, colapsos e explosões de gás. Os riscos da mineração a céu aberto são principalmente falhas nas paredes da mina e colisões de veículos. Nos Estados Unidos, uma média de 26 mineiros de carvão por ano morreram na década de 2005–2014.[11]