Lista de filósofos muçulmanos
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Os filósofos muçulmanos professam o islamismo e praticam um estilo de filosofia situado dentro da estrutura da língua árabe e do islamismo, embora não necessariamente preocupado com questões religiosas.[1] Os ditos dos companheiros de Maomé continham pouca discussão filosófica.[lower-alpha 1][3] No século VIII, o amplo contato com o Império Bizantino levou a um impulso para traduzir obras filosóficas da filosofia da Grécia Antiga (especialmente os textos de Aristóteles) para o árabe.[3][4]
Alquindi, do século IX, é considerado o fundador da filosofia peripatética islâmica (800–1200).[4] O filósofo Alfarábi, do século X, contribuiu significativamente para a introdução de obras filosóficas gregas e romanas no discurso filosófico muçulmano e estabeleceu muitos dos temas que ocupariam a filosofia islâmica nos séculos seguintes; em seu amplo escopo, seu trabalho sobre lógica se destaca particularmente.[4] No século XI, Avicena, um dos maiores filósofos muçulmanos de todos os tempos,[4] desenvolveu sua própria escola de filosofia conhecida como avicenismo, que tinha fortes raízes aristotélicas e neoplatônicas. Algazali, um famoso filósofo e teólogo muçulmano, adotou a abordagem para resolver aparentes contradições entre razão e revelação.[5] Ele compreendeu a importância da filosofia e desenvolveu uma resposta complexa que rejeitou e condenou alguns dos seus ensinamentos, ao mesmo tempo que lhe permitiu aceitar e aplicar outros.[5] Foi a aceitação da demonstração (apodeixis) por Algazali que levou a um discurso muito mais refinado e preciso sobre epistemologia e a um florescimento da lógica e metafísica aristotélicas nos círculos teológicos muçulmanos.[5] Averróis, o último notável filósofo peripatético muçulmano, defendeu o uso da filosofia aristotélica contra esta acusação; suas extensas obras incluem comentários notáveis sobre Aristóteles.[2][3] No século XII, a filosofia da iluminação foi fundada por Xaabe Aldim Surauardi. Embora a filosofia na sua forma aristotélica tradicional tenha caído em desuso em grande parte do mundo árabe após o século XII, formas de filosofia mística tornaram-se mais proeminentes.[1]
Depois de Averróis, uma vívida escola filosófica peripatética persistiu no mundo muçulmano oriental durante o Império Safávida, que os estudiosos denominaram como Escola de Ispaão. Foi fundada pelo filósofo xiita Mir Damade e desenvolvido por Mulá Sadra e outros.[2]