Maomé ibne Tugueje Iquíxida
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Abu Becre, Abubacar, Abacar ou Abubequer[2] Maomé ibne Tugueje ibne Jufe ibne Iltaquim ibne Furane ibne Furi ibne Cacane (Abū Bakr Muḥammad ibn Ṭugj ibn Juff ibn Yiltakīn ibn Fūrān ibn Fūrī ibn Khāqān; Bagdá, 8 de fevereiro de 882 – Damasco, 24 de julho de 946), melhor conhecido pelo título de iquíxida (em árabe: الإخشيد), foi um comandante abássida e governador que tornou-se o governante autônomo do Egito e partes da Síria (ou Levante) de 935 até sua morte em 946. Foi o fundador do Reino Iquíxida, que controlou a região até a conquista fatímida de 969. O filho de Tugueje ibne Jufe, um general originário da Transoxiana que serviu o Califado Abássida e os governantes tulúnidas autônomos do Egito e Síria, Maomé ibne Tugueje nasceu em Bagdá mas cresceu na Síria e adquiriu suas primeiras experiências militares e administrativas ao lado de seu pai.
Maomé ibne Tugueje Iquíxida | |
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Governante hereditário do Egito, Síria e Hejaz | |
Dinar de ouro de Maomé cunhado na Palestina em 944. De 942 em diante, ibne Tugueje incluiu seu nome e título ("Maomé Iquíxida") ao lado ao do califa em sua cunhagem.[1] | |
Reinado | 25 de agosto de 935-24 de julho de 946 |
Sucessor(a) | Unujur |
Nascimento | 8 de fevereiro de 882 |
Bagdá | |
Morte | 24 de julho de 946 (64 anos) |
Damasco | |
Descendência | Unujur |
Casa | iquíxida |
Pai | Tugueje ibne Jufe |
Ele teve uma carreira inicial turbulenta: foi preso junto com seu pai pelos abássidas em 905, foi libertado e 906, participou no assassinato do vizir Alabas ibne Haçane de Jarjaraia em 908, e fugiu do Iraque para entrar em serviço do governador do Egito, Taquim, o Cazar. Posteriormente adquiriu o patrocínio de vários magnatas abássidas influentes, principalmente o poderoso comandante-em-chefe Munis Almuzafar. Estes laços levaram-no a ser nomeado governador primeiro da Palestina e então de Damasco. Em 933, foi brevemente nomeado governador do Egito, mas esta ordem foi revogada após a morte de Munis, e ibne Tugueje teve de fugir para preservar seu governo de Damasco. Em 935, foi renomeado para o Egito, onde rapidamente derrotou uma invasão fatímida e estabilizou o país turbulento. Seu reinado marca um período raro de paz doméstica, estabilidade e bom governo nos anais do começo do Egito islâmico.
Em 938, o califa Arradi (r. 934–940) conferiu seu pedido para o título de iquíxida, que foi utilizado pelos governantes de seu ancestral Vale de Fergana. É por este título que ele foi conhecido depois disso. Ao longo de seu governo, Iquíxida esteve envolvido em conflito com outros poderosos regionais pelo controle da Síria, sem o qual o Egito era vulnerável a invasões no Oriente, mas diferente de muitos outros líderes egípcios, notadamente os tulúnidas, estava preparado para esperar pelo tempo certo e comprometer-se com seus rivais. Embora estivesse inicialmente em controle da Síria inteira, foi forçado a ceder a metade norte para ibne Raique entre 939 e 942.
Após a morte de ibne Raique, iquíxida reimpôs seu controle sobre a região, apenas para tê-la ameaçada pelos hamadânidas. Em 944, iquíxida encontrou o califa Almutaqui em Raca; o califa havia fugido para lá dos vários homens fortes que estavam competindo para sequestrá-lo e para tomar o controle do governo califal em Bagdá. Embora sem sucesso em persuadir o califa a ir para o Egito, recebeu reconhecido como governador hereditário do Egito, Síria e Hejaz por 30 anos. Após sua partida, o ambicioso príncipe hamadânida Ceife Adaulá tomou Alepo e o norte da Síria no outono de 944, e embora derrotado e removido da Síria por ibne Tugueje no ano seguinte, uma trégua dividindo a região entre as linhas do acordo com ibne Raique foi concluído em outubro. Ibne Tugueje morreu nove meses depois, deixando seu filho Unujur como governante de seus domínios, sob a tutela do poderoso eunuco negro Abul Misque Cafur.