Onda de calor no Sudeste da Austrália em 2009
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A onda de calor no Sudeste da Austrália em 2009 foi uma onda de calor que se iniciou no final de janeiro, e que causou prolongados períodos de altas temperaturas na região. As temperaturas máximas em Adelaide e Melbourne bateram recordes de mais dias consecutivos acima dos 40° C. A temperatura máxima em Melbourne ultrapassou 46 °C, e a temperatura máxima em Adelaide ultrapassou 45 °C. Muitas localidades nos estados australianos de Victoria, Nova Gales do Sul, Austrália Meridional e Tasmânia tiveram as temperaturas mais altas de todos os tempos. Adelaide marcou a sua terceira maior temperatura, enquanto que Melbourne marcou a sua maior temperatura na história. Especula-se que a onda de calor seja a pior da história na região.[2] Durante a onda de calor, 50 locais distintos registraram recordes de mais dias consecutivos e de temperaturas mais altas durante o dia e a noite.
Onda de calor no Sudeste da Austrália em 2009 | |
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Área afetada aproximada destacada em vermelho. | |
Datas | 25 de janeiro - 9 de fevereiro de 2009 |
Áreas afetadas | Austrália Meridional, Victoria, Sul de Nova Gales do Sul, Norte da Tasmânia, Território da Capital Australiana |
Vítimas relatadas | 374 mortes[1] 2.000+ hospitalizados devido aos efeitos do calor |
A excepcional onda de calor foi causada por um sistema de alta pressão de movimento lento, que se estabeleceu ao longo do Mar da Tasmânia, em combinação a uma intensa baixa tropical localizada ao largo da costa do Noroeste da Austrália, e de um cavado de monção sobre o Norte da Austrália, que produziram as condições ideais para o ar quente tropical ser direcionado para sul, em direção ao sudeste da Austrália.[3] O calor começou na Austrália Meridional em 25 de Janeiro, mas se tornou mais generalizado por todo o sudeste da Austrália em 27 de janeiro. Uma fraca frente fria, que seguia ao longo das zonas costeiras do sul da Austrália, trouxe algum alívio em 30 de janeiro,[3] incluindo Melbourne, onde a mudança chegou na noite de 30 de janeiro; as temperaturas caíram para uma média de 30,8 °C. Temperaturas mais elevadas voltaram no fim de semana seguinte, e Melbourne registrou seus dias mais quentes desde que os registros começaram em 1855: 46,4 °C, o que também representa a temperatura mais elevada já registrada numa capital australiana.[4][5]
Durante a onda de calor, vários recordes foram quebrados; Tasmânia registrou a sua temperatura mais elevada; 42,4 °C em Scamander. O longo recorde de maior temperatura na Tasmânia, de 40,8 °C, registrado em Hobart em 4 de janeiro de 1976, foi quebrado cinco vezes em apenas dois dias, respectivamente, na Ilha Flinders, Fingal (duas vezes), St Helens e Scamander.[6] Mildura, em Victoria, próximo ao centro da onda de calor, registrou durante doze dias consecutivos temperaturas acima dos 40 °C. A temperatura mais elevada registrada durante a onda de calor foi de 48,2 °C, em Kyancutta, Austrália Meridional.[7] A onda de calor gerou condições extremas de queimadas durante o pico da temporada de queimadas na Austrália de 2008-2009, causando muitos incêndios florestais na região afetada. Em 7 de fevereiro, a onda de calor proporcionou condições extremas para a formação de queimadas, o que levou a uma sequência de queimadas de grandes proporções, conhecidos como Queimadas do Sábado Negro, que causaram 173 mortes em Victoria.[8]