Pintura flamenga (séculos XV e XVI)
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O gótico flamengo se refere a um grupo de pintores, também chamados de primitivos flamengos que trabalharam principalmente no século XV e começo do século XVI, na época do chamado Renascimento nórdico, em cidades como Tournai, Bruges, Ghent e Bruxelas, onde hoje é a Bélgica (áreas dominadas então pelo Ducado da Borgonha e pela Casa de Habsburgo). A fase dos primitivos flamengos coincidiu com o ápice da influência dos Países Baixos no norte da Europa. Como consequência, muitas obras eram encomendadas aos ateliês do norte e vendidas por toda a Europa. Muitas obras foram destruídas nas ondas de iconoclastia dos séculos XVI e XVII. A autoria de outras é até hoje motivo de debates.
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Suas obras seguiram o gótico internacional, originando-se na tradição das iluminuras, começando com Jan Van Eyck e terminando com Gerard David. Eles incorporaram, ao mesmo tempo, o ápice da Idade Média e a transição para o Renascimento. Caracterizaram-se pela descrição minuciosa da natureza e pela iconografia e simbologia complexas em cenas religiosas ou pequenos retratos. Outra inovação dos pintores flamengos foi o uso da tinta a óleo, em substituição à têmpera, criando assim uma nova tradição na pintura.
Os pintores holandeses mais importantes foram: Robert Campin, Jan van Eyck, Rogier van der Weyden, Dieric Bouts, Petrus Christus, Hans Memling, Hugo van der Goes e Hieronymus Bosch.