Referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia em 2016
referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia, realizado em 23 de junho de 2016 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia[1] foi um plebiscito que aconteceu em 23 de junho de 2016 com o intuito de decidir o futuro do Reino Unido na União Europeia.[2][3][4][5] A permanência britânica no bloco econômico tem sido controversa e é, constantemente, motivo de debates desde que o país se juntou à Comunidade Econômica Europeia (CEE, ou "mercado comum") em 1973. A votação terminou como uma vitória para os que eram favoráveis à saída do Reino Unido da União Europeia com 52% dos votos válidos contra 48% daqueles que queriam que a nação permanecesse na EU.[6]
Referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia Permanência britânica na UE | |||||||||||
23 de junho de 2016 | |||||||||||
Tipo de eleição: | Referendo sobre permanência na União Europeia | ||||||||||
Demografia eleitoral | |||||||||||
Votantes : | 33 578 016 | ||||||||||
Resultados do referendo (laranja= "Permanecer"; azul= "Deixar") | |||||||||||
"Deveria o Reino Unido permanecer membro da União Europeia ou deveria deixá-la?" | |||||||||||
Permanecer | 48.11% | ||||||||||
Deixar | 51.89% |
Elaborado pelo Partido Conservador, o manifesto que pedia um referendo foi apresentada e aprovada no Parlamento do Reino Unido, em 2015. Essa foi a segunda vez que os britânicos são convidados a votar sobre a presença da Grã-Bretanha no bloco. Em 1975, 67% dos eleitores votaram favoráveis à inclusão do país, como um estado-membro da União Europeia.[7]
Os defensores da saída do Reino Unido da união política e econômica – comumente referida simplesmente como Brexit (uma siglonimização na língua inglesa, tendo como base "British" e "exit", respectivamente, "Britânico" e "saída")[8][9][10] –, argumentam que a União Europeia traz um déficit democrático e mina a soberania nacional de seus membros, ao passo que os que são favoráveis pela permanência do país, dizem que em um mundo com muitas organizações supranacionais, qualquer perda de soberania é compensada por benefícios da adesão à União Europeia. Para o primeiro grupo, a saída do país permitira que a nação tivesse maior controle da imigração, gerando uma diminuição pela busca de serviços públicos, habitação e emprego; geraria uma economiza de bilhões, devido as taxas pagas pelo país ao bloco; e daria autonomia para o Reino Unido firmar seus próprios acordos comerciais, libertando-se da burocracia e das políticas regulamentadoras da UE, que são classificadas por eles de "desnecessários e caros". O segundo grupo, que querem a permanência do país, listam que a saída do país do bloco geraria um risco a propriedade nos países-membros do Reino Unido; haveria uma diminuição da influência sobre assuntos internacionais; colocaria em risco a segurança nacional, uma vez que o país não contaria com o acesso ao banco de dados comum de criminosos da Europa; além de acabar esbarrando em barreiras comerciais entre o Reino Unido e a União Europeia. Além disso, eles ainda argumentam que a decisão de saída, geraria a perda de empregos, atrasos nos investimentos e traria riscos paras empresas britânicas.[11]
A organização "Reino Unido mais Forte na Europa", em tradução literal, é o principal grupo que fez campanha pela permanência do Reino Unido na União Europeia, enquanto o "Vote pela Saída", em tradução literal, é o principal grupo opositor, isto é, que fez campanha pela saída do país do bloco.
Em um pleito apertado, resultados divulgados no dia seguinte a votação deram vitória ao movimento Brexit, por mais de um milhão de votos em favor da saída do Reino Unido da União Europeia.[6]