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Michelangelo Merisi da Caravaggio (Milão, 29 de setembro de 1571 – Porto Ercole, Monte Argentario, 18 de julho de 1610) foi um pintor italiano. É considerado o primeiro grande expoente do estilo barroco e estabeleceu sua carreira em Roma, Nápoles, Malta e Sicília por volta de 1592 a 1610, onde ganhou reconhecimento pelas suas técnicas, dentre as quais destacam-se a observação realista do estado humano, tanto físico quanto emocional, e o dramatismo das expressões faciais e do uso da luz, que tiveram uma influência formativa na pintura barroca.[1]
Caravaggio | |
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Retrato de Caravaggio, por Ottavio Leoni, de cerca de 1621 | |
Nome completo | Michelangelo Merisi da Caravaggio |
Nascimento | 29 de setembro de 1571 Milão, Itália |
Morte | 18 de julho de 1610 (38 anos) Porto Ercole, Monte Argentario, Itália |
Nacionalidade | italiano |
Ocupação | Pintor |
Movimento estético | Barroco |
Era filho de um arquiteto e de uma burguesa, e recebeu até a adolescência educação formal normal e que, com a morte de seu pai e de seu avô, foi enviado pela mãe como aprendiz de pintura de Simone Peterzano, aprendiz de Ticiano. Quando terminou sua aprendizagem em 1592, Caravaggio mudou-se para Roma para consolidar sua carreira, atraído pela enorme quantidade de igrejas e palácios que estavam sendo construídos na Itália nesse período, de certo modo como a resposta da Igreja à ascensão do protestantismo e de seu maneirismo.
Em 1600 conquistou grande sucesso em Roma com a entrega de suas duas primeiras encomendas públicas, Martírio de São Mateus e Vocação de São Mateus, o que proveu-lhe pelo resto da vida de encomendas e patronos de arte. Pouco depois de conquistar a fama, Caravaggio passou a ser foco de inúmeras controvérsias, tendo sido preso diversas vezes, destruído sua casa e, por fim, recebido uma sentença de morte do papa, o que causou seu exílio. Seu estilo de vida agitado[2] acabou levando-o a uma morte precoce, aos 38 anos, em 1610, em circunstâncias misteriosas que fizeram com que seus restos mortais fossem desconhecidos até 2010, quando uma equipe de pesquisadores descobriu sua suposta ossada no pequeno cemitério de Porte Ercole, na comuna de Monte Argentario, na Toscana.[3]
Apesar de ter sido famoso em vida, logo após a morte Caravaggio foi praticamente esquecido, e sua importância para a arte ocidental só foi redescoberta no século XX.[4] Sua influência permeia todo o surgimento do barroco, podendo ser vista direta ou indiretamente na obra de artistas como Rubens, José de Ribera,[5] Bernini[6] e Rembrandt.[7] Os artistas da geração seguinte que foram muito influenciados por ele eram chamados de “caraveggistas” ou “caraveggescos”, assim como “tenebristas” ou “tenebrosos”.[8] O historiador de arte André Berne-Joffrey afirmou no século XX que “o que começa na obra de Caravaggio é, simplesmente, a pintura moderna”.[4]