Socialismo nos Estados Unidos
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O Socialismo nos Estados Unidos da América teve fortes influências nas sociedades fora e dentro do país, sendo um movimento social historicamente fora dos partidos tradicionais e bastante expressivo na história norte-americana e surgindo relevância na segunda metade do século XIX[1] como um movimento idealista,[2] reformista[3] e democratico.[4] Ele começou com comunidades utópicas no início do século XIX, como os Shakers, o ativista visionário Josiah Warren e comunidades intencionais inspiradas por Charles Fourier. Ativistas trabalhistas, geralmente imigrantes britânicos, alemães ou judeus, fundaram o Socialist Labor Party (Partido Socialista do Trabalho) em 1877. O Partido Socialista da América foi criado em 1901. Naquela época, o anarquismo também se estabeleceu em todo o país, enquanto socialistas de diferentes tendências estiveram envolvidos nas primeiras organizações e lutas trabalhistas americanas, que atingiram um ponto alto no caso Haymarket, em Chicago, que iniciou o Dia Internacional do Trabalhador como o principal feriado dos trabalhadores em todo o mundo. (O Dia do Trabalho nos Estados Unidos é comemorado na primeira segunda-feira de setembro) e fazendo da jornada de oito horas um objetivo mundial por organizações de trabalhadores e partidos socialistas em todo o mundo.[5]
A tradução deste artigo está abaixo da qualidade média aceitável. (Setembro de 2021) |
As referências deste artigo necessitam de formatação. (Março de 2017) |
Sob o candidato presidencial do Partido Socialista da América Eugene V. Debs, a oposição socialista à Primeira Guerra Mundial levou à repressão governamental conhecida coletivamente como a Primeira Ameça Vermelha. O Partido Socialista declinou na década de 1920, mas, no entanto, muitas vezes candidatava Norman Thomas à presidência. Na década de 1930, o Partido Comunista dos EUA assumiu importância nas lutas trabalhistas e raciais, enquanto sofreu uma divisão que convergiu no Partido Socialista dos Trabalhadores Trotskista. Na década de 1950, o socialismo foi afetado pelo macarthismo e na década de 1960 foi revivido pela radicalização geral trazida pela Nova Esquerda e outras lutas e revoltas sociais. Na década de 1960, Michael Harrington e outros socialistas foram chamados para ajudar o governo Kennedy e, em seguida, a Guerra à Pobreza e a Grande Sociedade da administração Johnson,[6] enquanto os socialistas também desempenharam papéis importantes no movimento pelos direitos civis, inclusive organizações do movimento negro, como o Partido dos Panteras Negras.[7][8][9][10][11] Influentes intelectuais norte-americanos, especialmente judeus,[12] mulheres e do movimento negro participaram de partidos socialistas e comunistas, dentre eles: W.E.B. Du Bois, Harry Haywood, James Patrick Cannon, Elizabeth Gurley Flynn, Claudia Jones,[13] Franz Boas,[14][15] Ashley Montagu[16] e Max Shachtman; sendo o discurso deste fortemente influenciado pelo discurso de Lênin de emancipar as nações subjugadas pelo imperialismo e mais tarde pelo discurso não alinhado de Mao Tsé-Tung[17][18] Eles eram membros do movimento socialista, e inclusive movimento comunista o país pregava uma solidariedade por classe anterior à da raça.[18][19] O movimento comunista russo esteve fortemente articulado com setores da sociedade norte-americana pelo menos desde 1905, chegando a inclusive dar suporte a NEP além de receber como exilado o Leon Trótski antes da Revolução na Europa[20] e o movimento negro comunista norte-americano chegou a dar uma base ideológica e política para a descolonização de países como Gana e a posterior ideologia pan-africanista,[21] além de ter apoiado depois a saída da Rússia da Primeira Guerra Mundial.[22] Os EUA também deportaram seus radicais para a URSS de Lenin.[23] O movimento também influenciou a doutrina objetivista de Ayn Rand[24] cujo pensamento foi simbiótico com o Confederalismo democrático inventado pelo anarco-socialista Murray Bookchin.[25][26]
O socialismo nos Estados Unidos tem sido composto de muitas tendências, muitas vezes em desacordos importantes entre si, pois inclui socialistas utópicos, social-democratas, socialistas democráticos, comunistas, trotskistas e anarquistas. O movimento socialista nos Estados Unidos tem sido historicamente relativamente fraco. Ao contrário dos partidos socialistas na Europa, Canadá e Oceania, um grande partido social-democrata nunca se materializou nos Estados Unidos[27] e o movimento socialista permanece marginal, "quase único em sua impotência entre as democracias ocidentais".[28] Vários membros do governo norte-americano desde os anos 70 já simpatizaram em algum momento da sua vida com alguma ideologia socialista e uma parte da mídia já associou principalmente os neoconservadores e criacionistas ao trotskismo,[29][30][31][32][33] alegando que ele chegou a influenciar os 2 partidos principais do país.[34] Nos Estados Unidos, o socialismo "traz estigma considerável, em grande parte por sua associação com regimes comunistas autoritários".[35] Ao escrever para o The Economist, Samuel Jackson argumentou que nos Estados Unidos a palavra socialismo tem sido usada como um termo pejorativo sem definição clara por conservadores e libertários para manchar políticas, propostas e figuras públicas liberais e progressistas.[36] No entanto, um artigo de 2013 no The Guardian afirmou: "Ao contrário da crença popular, os americanos não têm alergia inata ao socialismo". Ele observou que Milwaukee teve vários prefeitos socialistas como Emil Seidel, Daniel Hoan e Frank Zeidler, enquanto o candidato presidencial do Partido Socialista Eugene V. Debs conquistou quase um milhão de votos nas eleições presidenciais de 1920.[37] O socialista democrata autodeclarado Bernie Sanders conquistou 13 milhões de votos nas primárias presidenciais do Partido Democrata de 2016, obtendo considerável apoio popular, principalmente entre a geração mais jovem e a classe trabalhadora.[38][39][40] Os socialistas americanos romperam em parte com o neoliberalismo na década de 10 também de maneira tardia.[41] No século XXI, há acadêmicos em economia que apoiam o socialismo para salvar o capitalismo[42] e os presidentes Obama e Trump tem estimulado políticas sociais como movimento em suas presidências.[43]